segunda-feira, 31 de março de 2008

Ame-a ou Deixe-a

Acho que estou numa fase (existencialista) da minha vida que aprendi a reconhecer meus limites e olha que são muitos e por isso levei um certo tempo pra tal façanha. Mas tenho percebido que também estou numa fase de mais perguntas que respostas, não necessariamente estou em busca dessas perguntas, ou seja, não quero dizer que quero e necessito de suas respostas, mas é inevitável não perguntá-las. Há muito tempo atrás eu tinha também muitas perguntas e sempre acreditava que um dia essa minha ansiedade por respondê-las iria saciar. Hoje vejo que na realidade acumelei aquelas do passado com as do presente e algo me diz que as do futuro irão entrar no time e vestir a camisa também. Não posso mentir e dizer que já não me importo com as possíveis respostas, pelo contrário, acredito ter aprendido a tolerar o mundo por não poder responder a tais questões, mas confesso que elas ainda pulsam e irão pulsar por muito tempo.
É verdade também que não quero passar minhas vida preso a essas questões e emoções, mas cá pra nós é isso que torna a vida uma beleza e uma beleza misteriosa, não queremos nos agarrar a isso, mas vez por outras estamos na borda da saia da vida perguntando o que realmente estamos fazendo aqui e o que ela quer de nós. Acho que o que nos torna mais apaixonados pela vida é o fato de não podermos explicá-la e nessa nossa incapacidade total de nos explicar e explicar nossa vida é que sempre estamos tentando nos esconder por trás da vontade de não mais viver. Vamos, meu amigos, confessemo-nos somos demasiadamente afeiçoados por aquilo que mais odiamos: a vida.

domingo, 30 de março de 2008

Um Mar de Interrogativas

Filosofia. Muitas vezes me coloquei a frente da seguinte pergunta: Filosofia, para que serve? Na Grécia ao aconchegante berço de seu nascimento, muitos homens por motivos não muito óbvios começaram indagar sobre quase tudo na vida. Muitas perguntas surgiram e tais perguntas a respeito do céu, da dinvidade, da natureza e inevitavelmente do próprio homem. Mas o mais interessante é que atravéz da filosofia se questionava muitas coisas e quase nunca questinava a si mesma. Buscavam respostas a respeito de quase tudo, mas a única pergunta que deixavam de responder era justamente a origem de todas as outras: "Para que serve a filosofia?". Sem pressunção alguma de minha parte, gostaria de dar uma reposta: não serve para nada.
Assim como tantas coisas que usamos e compramos, fazemos ou deixamos de fazer, sentimos e fingimos não sentir, me refiro a tantas coisas que não vemos uma necessidade ou finalidade específica, mas que nem por isso deixa de ser desimportantes. A arte, para que serve de fato? A música, qual sua finalidade específica? A natureza? Agora você pode ter uma resposta rápida, porém provisória, porque ao responder a tais questionamentos, nascerá outras perguntas e dessas, tantas outras. E de fato isso é filosofar e filosofando seja numa mesa de um bar ou na maior biblioteca do mundo não se pode ter a pretenção de responder. Assim como a música e a arte nos prendem ao teus doces sons e leves pinceladas, a filosofia nos faz navegar entres mares e tempestades, mas ao contrário do seduzido Ulisses na Odiséia, por belas sereias; ela a filosofia, nos faz navegar com mapas e bússulas.